quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O Amor é a Única Condição



“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns pelos outros” 

(João 13.35)
Existe uma sublime condição para que possamos nos tornar discípulos de Cristo Jesus: amar!
Não é o sentimento romântico despertado pelas paixões carnais e extrapoladamente explorado pelas mídias e pelo consumismo das emoções como produto encaixotado nos balcões mercadológicos. Esse amor idealizado como dádiva divina (Gênesis 2.24), foi transformado em sentimentalismo pedante e promovedor de lucros ao mercado midiático, e agora transformado em relacionamento descartável e irresponsável.
Não é esse o amor dos discípulos.
Não é simplesmente a simpatia, o respeito, o fato de “gostar” do está escrito na Bíblia e ter o Cristo como um patamar de líder espiritual. Ou mesmo ser “amigo” do Evangelho. Não se trata de um amor de filiação, no qual amamos “apesar de” por causa dos laços sanguíneos que nos prende uns aos outros nas fronteiras da família, pois isso, qualquer um tem ou faz (Lucas 6.32-34).
Não é esse o amor dos discípulos.
Amar com o propósito de atingir alvos de sucesso, de garantias de retribuição. Amar porque é a maneira de escapismo ou porque a promessa de galardão é satisfatória e sedutora, não tem utilidade na economia do Evangelho. Esse é o amor das seitas, das barganhas espirituais, dos lucrativos negócios feitos em Nome de Deus. Esse é o amor a própria pele e cheio de conveniências, é o amor que na superfície dos lábios se encontra (Mateus 15.8; Romanos 12.9).
Não é esse o amor dos discípulos.
O amor imprescindível aos discípulos de Cristo é o amor que encontra n’Ele o exemplo, o modo e a prática, para ser exercido dia a dia e sem o qual nada vale a pena (1ª Coríntios 13.1-3). As características desse amor são: a) com toda força, entendimento, sentimento e espiritualidade centrados num alvo: Deus, e revertido como prática palpável ao próximo (Lucas 10.27); b) é verdadeiro, real, sem segundas intenções e promovedores das mais dignas atitudes quanto ao próximo (Romanos 12.9-21; João 15.13; 1ª João 3.16-18); c) é a disciplina a ser buscada, o caminho excelente, o dom supremo (1ª Coríntios 13.13; 1ª João 4.7-8).
 O amor dos discípulos não é uma opção, mas uma condição intrínseca de quem segue a Jesus (João 3.12; 1ª João 4.8). É o amor, e nãos as conquistas, vitórias ou a capacidade intelectual que nos caracteriza como cristãos, mas o amor que vivemos de fato uns com os outro e indo além alcançando a todo próximo.

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