“Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns pelos outros”
(João
13.35)
Existe uma sublime condição
para que possamos nos tornar discípulos de Cristo Jesus: amar!
Não é o sentimento romântico
despertado pelas paixões carnais e extrapoladamente explorado pelas mídias e
pelo consumismo das emoções como produto encaixotado nos balcões
mercadológicos. Esse amor idealizado como dádiva divina (Gênesis 2.24), foi
transformado em sentimentalismo pedante e promovedor de lucros ao mercado
midiático, e agora transformado em relacionamento descartável e irresponsável.
Não é esse o amor dos
discípulos.
Não é simplesmente a
simpatia, o respeito, o fato de “gostar” do está escrito na Bíblia e ter o
Cristo como um patamar de líder espiritual. Ou mesmo ser “amigo” do Evangelho.
Não se trata de um amor de filiação, no qual amamos “apesar de” por causa dos
laços sanguíneos que nos prende uns aos outros nas fronteiras da família, pois
isso, qualquer um tem ou faz (Lucas 6.32-34).
Não é esse o amor dos
discípulos.
Amar com o propósito de
atingir alvos de sucesso, de garantias de retribuição. Amar porque é a maneira
de escapismo ou porque a promessa de galardão é satisfatória e sedutora, não
tem utilidade na economia do Evangelho. Esse é o amor das seitas, das barganhas
espirituais, dos lucrativos negócios feitos em Nome de Deus. Esse é o amor a
própria pele e cheio de conveniências, é o amor que na superfície dos lábios se
encontra (Mateus 15.8; Romanos 12.9).
Não é esse o amor dos
discípulos.
O amor imprescindível aos
discípulos de Cristo é o amor que encontra n’Ele o exemplo, o modo e a prática,
para ser exercido dia a dia e sem o qual nada vale a pena (1ª Coríntios
13.1-3). As características desse amor são: a) com toda força, entendimento,
sentimento e espiritualidade centrados num alvo: Deus, e revertido como prática
palpável ao próximo (Lucas 10.27); b) é verdadeiro, real, sem segundas
intenções e promovedores das mais dignas atitudes quanto ao próximo (Romanos
12.9-21; João 15.13; 1ª João 3.16-18); c) é a disciplina a ser buscada, o
caminho excelente, o dom supremo (1ª Coríntios 13.13; 1ª João 4.7-8).
O amor dos discípulos não é uma opção, mas uma
condição intrínseca de quem segue a Jesus (João 3.12; 1ª João 4.8). É o amor, e
nãos as conquistas, vitórias ou a capacidade intelectual que nos caracteriza
como cristãos, mas o amor que vivemos de fato uns com os outro e indo além
alcançando a todo próximo.
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