“Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8.36)
O Novo Testamento é a parte da Bíblia que trás as mais profundas e impactantes revelações sobre Deus, sua natureza, seus atributos, sua economia e seu plano de ação no transcorrer da história do universo e do homem.
Nele, aquilo que era um mistério oculto as gerações passadas é trazido à compreensão do homem numa cristalina verdade divina (Efésios 3.9-11).
Nele, todas as libertações são expostas, nos são propostas e somos convidados a liberdade dos filhos de Deus. Caem todas as idolatrias quando nos é revelado pelo Cristo a natureza do Pai Criador (João 4.23,24).
Nele, são findas todas as burocracias intercessoras, mediadoras e todo aprisionamento religioso que promove a transformação maléfica dos homens em ídolos quando a Palavra – Revelação nos desvenda os olhos, a mente e o coração – espírito para o grito presencial do Senhor em nós (Mateus 28.20b; Romanos 8.26; Timóteo 2.5).
Nele, é destruído o famigerado comércio da fé, que gera o “deus” lucro em face das misérias e desgraças pessoais e do aproveitamento das carências existenciais dos que sofrem e dos incautos (João 2.15-22).
Nele, somos ensinados a um existir além de mim, de ir ao encontro do outro, de socorro ao próximo, de convivência e respeito fraterno que me faz vencer a egolatria (Lucas 10.25-37).
Nele, há o cessar de todas as guerras e angústias, o desfronteirizar o ser, a inclusão universal e incondicional ao Reino de Deus (Colossenses 3.10,11).
Nele, ainda, encontramos o desmitologizar dos líderes sacerdotais como figuras sacras, inerrantes e intocáveis. Pois a Revelação do Evangelho coloca-nos em uma só condição: pecadores. Mas, também, nos conduz a uma maravilhosa posição: sacerdotes de Deus (Romanos 3.23; I Pedro 2.9).
A mensagem do Novo Testamento é um manifesto libertário que nos faz experimentar uma condição de vida com qualidade no Filho de Deus. Não há correntes alguma, não há cadeias psicológicas, não há culpabilidade que não seja curada em Cristo (Romanos 8.1). Não há vazio que não seja preenchido pelo Pai e o Filho. Não há segregações, não guetos, nem há tortura pelo medo tão bem trabalhado pelas religiões.
Ah, eu garanto, não há nenhum tipo de barganha, nem indulgências, nem negociatas entre os seres celestes com qualquer líder religioso que seja. Não há liturgias mântricas que possam abrir “canais” especiais com aquele que É. Nem tão pouco existe na mensagem neo-testamentária uma hierarquia escravizante que cria uma elite especial, “consagrada” e privilegiada no Reino de Deus (Mateus 18.20).
Não!
Não somos chamados a sociedades secretas e a ritos duvidosos com a presunção humana de iluminação própria. Mas, somos inseridos numa comunidade que é um corpo, com um só Cabeça, Cristo Jesus! (Efésios 4.4-16).
Em fim, o Evangelho, decodificado na mensagem do Novo Testamento é a mais libertária e libertadora proposta para homem. Nele, a reconciliação entre o Deus – Criador e o homem – criado é concretizada pelo sacrifício vicário de Cristo na cruz (Colossenses 1.20).
Somos livres!
Somos o templo de Deus.
Somos a Igreja, quando cremos n’Ele.
Em Cristo, o Filho que nos liberta.
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