“Julgai todas as
coisas, retende o que é bom”
(1ª Ts 5.21)
O discernimento é um dom
proveniente de Deus, o que não significa dizer que o cristão, o converso não
tenha que exercitá-lo como uma disciplina constantemente evolutiva em sua
caminhada. Muito pelo contrário, o discernimento deve ser permanentemente
desenvolvido, pois é por este dom que possuímos a capacidade de percepção dos
elementos salutares e os nocivos que adentram na Igreja e nos edificam ou
transtornam.
O discernimento funciona como
um filtro por onde os germes infectos que circulam em torno procurando invadir
a Igreja são identificados, sendo barrada sua entrada.
Porém, temos um problema!
O efeito esponja!
Pois a esponja vai absorvendo
água ou qualquer líquido com sua sujeira e impureza, até chegar ao seu extremo
de sua capacidade e no primeiro aperto espalhar seu excesso.
Este é um fenômeno muito
comum em nosso universo evangélico onde as águas sujas e infectas das doutrinas
exóticas e esdrúxulas encontram campo fértil e ardorosos defensores.
Sincretismos pagãos,
contorcionismos teológicos, atos proféticos, “visões” vindas de fontes turvas e
com propósitos duvidosos, movimentos evocativos de forças estranhas, línguas
que manifestam distúrbios emocionais, doutrinas contrárias aos ensinos bíblicos
sendo aplaudidas, multidões desesperadas em busca do reino deste mundo, mistura
perigosa com o pior da política, mundanismo, idolatrias, etc.
E as súcias de crentes seguem
empolgados os novos ídolos, ditos evangélicos, sem o menor pudor doutrinário.
Armada de textos
descontextualizados (Não julgais – Mt 7.1; Quem não tiver pecados – Jo 8.7), os
esponjas ameaçam aqueles que detectam os falsos ensinos e apologizam em favor
das Sagradas Escrituras, mas não temem abraçar o “novo” e esdrúxulo caminho quilometricamente
desviado da rota de Cristo.
Algumas velhas novidades que
voltaram a ostentar imensa popularidade
em nosso tempo:
Negação da cruz;
Recusa ao estreito e
espinhoso caminho;
Descrença na existência real
do inferno;
Negação a soberania de Deus;
Relativismo para com a
Bíblia;
Renovação do misticismo
exacerbado;
Culto a personalidade;
Feudalismo religioso;
Anti-Bíblia em favor das
visões enfatuadas;
Estrelismo estratosférico;
Adoração a Mamom.
Mas, tudo é permitido desde
os sorrisos plastificados, os achaques ufanos, os arroubos performáticos e a
ostentação cinematográfica das conquistas ou pseudos milagres estiverem sendo caudalosamente
derramados nas mídias sem fim, projetando uma imagem do que nunca foi não é e
jamais será Caminho de Cristo.
Mas quem se importa?
“Quem
creu em nossa pregação”
Bradava o profeta Isaias sob
inspiração divina, ante o espetáculo do Servo Sofredor (Is 53.1), contrariando
as expectativas de um Messias beligerante e doador de benesses ao bel-prazer do
seu povo.
Há alguém que se importa?
Está tudo tão legal!
Somos tantos, e podemos até
pressionar governos. Temos até um dia instituído nacionalmente, e podemos
angariar recursos públicos para financiar nossos shows.
- Não é ótimo! Crente
Esponja!!!!
- É sim Crentik! Rê rê rê rê
rê rê rê...
Mas, Aquele que tem na mão
direita as sete estrelas, de cuja boca sai uma espada afiada de dois gumes, e o
rosto, brilha como o sol em sua força, diz: Conheço as tuas obras (Ap 1.16; Ap 2.2,9,
13, 19; Ap 3.1,8,15).
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