Deus (Rm 11.33-36)
Podemos dividir a Carta aos
Romanos em duas partes, a primeira é a exposição teológica (o que fazer), e começa
no capítulo primeiro e vai até o capítulo onze, verso trinta e dois. A segunda
segue do capítulo doze até o final da Carta, e contem a exposição prática (como
fazer) da Carta.
Paulo havia escrito sobre os
principais pontos que permeia o cristianismo, escreveu sobre a queda e a
universalidade do pecado, remissão, perdão, propiciação, graça, fé, etc. Agora,
ele se prepara para relatar e convocar os irmãos leitores a praticidade do foi
escrito. O apóstolo para um pouco como que para respirar, ou apreciar a
paisagem da revelação teológica que Deus lhe concedeu, ele se surpreende com as
grandezas e profundidades e louva ao Senhor com uma magnífica doxologia na qual
Deus é apresentado numa forma transcendente.
Podemos então, receber este
ensino de Paulo no coração e saber que Deus:
1.
Criou todas as coisas sem que nada existisse e sem precisar de nada, e de
ninguém - este
conhecimento quebra todas as arrogâncias e prepotências humanas de acharmos que
Deus precisa de algo, ou alguma coisa nossa. Às vezes pensamos que quando vamos
a Igreja, quando nos envolvemos em algum trabalho na Obra do Senhor, ou mesmo,
quando dizimamos estamos fazendo um favor a Deus, pois imaginamos que Ele
precisa de nós. Ora quando fazemos alguma dessas coisas estamos nos ajudando, obedecê-lo
é um benefício em nosso favor.
2.
Ele é soberano e majestoso e não há ninguém que possa alcançar a profundidade
de seus pensamentos -
não subjugamos Deus a nossa vontade, ou ao nosso querer, Ele não é propriedade
de religião nenhuma. Não podemos explicá-lo completamente e inteiramente, Ele é
o único ser verdadeiramente livre, é o único ser que pode tomar as decisões
baseado em si mesmo, é eterno, imutável e que todas as coisas dependem d’Ele.
3.
A Ele deve ser dada toda honra e glória e louvor eternamente! - É absolutamente incompreensível e
imperdoável que, uma vez tendo conhecimento de quem é Ele, da extensão de seu
poder e de sua misericórdia e amor, e ainda assim atribua louvor e honra a um
ídolo, seja em imagem, seja humano, seja simbólico, seja qualquer outro ser que
não a Ele, o Senhor. Toda a glória que não seja dada a Deus é blasfêmia!
Dessa forma possamos viver e
exercer a fé nesse Deus que é vivo e verdadeiro, Espírito e vida, que nem todo
o universo O contém, e que, no entanto, habita no quebrantado de coração.
Durante a Reforma
Protestante, uma das suas máximas era reconhecer a soberania de Deus e
expressá-la em um de seus “solas”: Soli Deo Glória!
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