Teve uma época em minha vida que decidi conhecer Jesus.
Foi um desejo
latente e apaixonante, daqueles que vem para transformar a nossa vida.
Busquei-o em
muitas formas e em todas as formas o “jesus” tinha uma forma que não era a sua
própria forma.
Então, como
Arquimedes a gritar “eureka!” pelas ruas, acendeu na lógica racional de minha
mente procurá-lo onde Ele pode ser revelado de uma forma especial e autêntica:
na Bíblia.
Foi então que
pude ter a experiência mais complexa e extraordinária de minha vida: conhecer
Jesus Cristo através de Jesus Cristo.
Isso mesmo!
Quando nos
debruçamos nas páginas eternas das Escrituras Sagradas vamos ter um contato com
a Revelação Especial de Deus para as nossas vidas. Passamos a conhecer Jesus
sem nenhum óculo neurótico-religioso de plantão. Isto quando estamos dispostos
a fazer de nossa leitura um momento de verdadeira alimentação espiritual e
encontro com o divino e não para apenas promovermos um debate religioso.
Descobri,
então, estupefato, que não haviam me falado de Cristo.
Muitos me
falaram de religião, e essa como uma instituição de regras humanas e imposições
amargas, que perturbam e traumatizam os corações, que amputam sonhos e achatam
as intenções mais puras e íntimas de nosso ser.
Outros me
falaram filosofias infindáveis e neuróticas, de verdadeiras viagens teóricas e
devaneios lúdicos onde os questionamentos brotam como incontáveis ondas
existenciais, mas não se tem nada de concreto, alias, nem o nada é alguma
coisa.
Ah! Falaram-me
também, de um camarada zangado e enfezado que lançava raios e maldiçoes sobre
tudo e todos e exigia tudo e não se satisfazia com nada. Andava sempre de olho
com aquele jeitão de um disciplinador severo, pronto para castigar a qualquer
momento.
Sabe o que
mais?
Falaram-me de
um deus cheio de barganha e negociações tolas e desfavoráveis. Que afirmavam
que ele lhe concedia uma graça, mas essa graça precisava ser paga com uma
promessa ou voto. Então quase entrei em parafuso!
Se for graça é
graça.
Porque sendo
preciso pagar, já não é mais graça e sim barganha!
Então, as
paginas da Bíblia foram como um copo de água para um sedento viajante do
deserto. Foi como despertar de um torpor que alucinava e alienava de qualquer
compreensão exata do Ser de Cristo.
Nela, o Espírito
Santo revelou (por que é o Espírito Santo que orienta as nossas leituras e
orações) um Jesus Cristo que me faz repousar tranqüilo, de quem eu posso
aprender e lhe suportar o fardo porque ele é leve, suave. Encontrei um Jesus
que não fica pendurado eternamente num madeiro, e, também não está entronizado numa
região celeste inalcançável pelo pecador, de modo que tem a necessidade dos
“santos” intercessores para mediar tão drástica situação.
Não! Esse
Jesus Cristo habita com todos aqueles que lhe recebem como o Senhor de suas
vidas e junto com o Pai faz morada em cada um de nós, transformando-nos em
fontes vivas que jorram para a eternidade.
Esse Jesus é o
meu pão diário onde minha fé é renovada e o meu espírito fortalecido.
Esse Jesus
cura as minhas mais uterinas feridas e meus mais profundos traumas dando
sentido para a minha existência.
Esse Jesus faz
explodir dentro de mim a fé, o amor e a esperança que transforma o mais
miserável ser em sal e luz da terra.
Esse Jesus
jamais me desampara e me conduz para o seio do Pai para todo o sempre.
- Eu andava
perdido e desgarrado, mas foi achado por ti, Senhor.
N’Ele, que me
achou com sua Palavra.
Ótimo texto, super elogiado pelos leitores do Púlpito Cristão.
ResponderExcluirParabéns Jofre, vc eh uma Benção!
Soli Deo Gloria!