terça-feira, 10 de abril de 2012

Não Me Falaram de Cristo



Teve uma época em minha vida que decidi conhecer Jesus.

Foi um desejo latente e apaixonante, daqueles que vem para transformar a nossa vida.
Busquei-o em muitas formas e em todas as formas o “jesus” tinha uma forma que não era a sua própria forma.
Então, como Arquimedes a gritar “eureka!” pelas ruas, acendeu na lógica racional de minha mente procurá-lo onde Ele pode ser revelado de uma forma especial e autêntica: na Bíblia.
Foi então que pude ter a experiência mais complexa e extraordinária de minha vida: conhecer Jesus Cristo através de Jesus Cristo.
Isso mesmo!
Quando nos debruçamos nas páginas eternas das Escrituras Sagradas vamos ter um contato com a Revelação Especial de Deus para as nossas vidas. Passamos a conhecer Jesus sem nenhum óculo neurótico-religioso de plantão. Isto quando estamos dispostos a fazer de nossa leitura um momento de verdadeira alimentação espiritual e encontro com o divino e não para apenas promovermos um debate religioso.
Descobri, então, estupefato, que não haviam me falado de Cristo.
Muitos me falaram de religião, e essa como uma instituição de regras humanas e imposições amargas, que perturbam e traumatizam os corações, que amputam sonhos e achatam as intenções mais puras e íntimas de nosso ser.
Outros me falaram filosofias infindáveis e neuróticas, de verdadeiras viagens teóricas e devaneios lúdicos onde os questionamentos brotam como incontáveis ondas existenciais, mas não se tem nada de concreto, alias, nem o nada é alguma coisa.
Ah! Falaram-me também, de um camarada zangado e enfezado que lançava raios e maldiçoes sobre tudo e todos e exigia tudo e não se satisfazia com nada. Andava sempre de olho com aquele jeitão de um disciplinador severo, pronto para castigar a qualquer momento.
Sabe o que mais?
Falaram-me de um deus cheio de barganha e negociações tolas e desfavoráveis. Que afirmavam que ele lhe concedia uma graça, mas essa graça precisava ser paga com uma promessa ou voto. Então quase entrei em parafuso!
Se for graça é graça.
Porque sendo preciso pagar, já não é mais graça e sim barganha!
Então, as paginas da Bíblia foram como um copo de água para um sedento viajante do deserto. Foi como despertar de um torpor que alucinava e alienava de qualquer compreensão exata do Ser de Cristo.
Nela, o Espírito Santo revelou (por que é o Espírito Santo que orienta as nossas leituras e orações) um Jesus Cristo que me faz repousar tranqüilo, de quem eu posso aprender e lhe suportar o fardo porque ele é leve, suave. Encontrei um Jesus que não fica pendurado eternamente num madeiro, e, também não está entronizado numa região celeste inalcançável pelo pecador, de modo que tem a necessidade dos “santos” intercessores para mediar tão drástica situação.
Não! Esse Jesus Cristo habita com todos aqueles que lhe recebem como o Senhor de suas vidas e junto com o Pai faz morada em cada um de nós, transformando-nos em fontes vivas que jorram para a eternidade.
Esse Jesus é o meu pão diário onde minha fé é renovada e o meu espírito fortalecido.
Esse Jesus cura as minhas mais uterinas feridas e meus mais profundos traumas dando sentido para a minha existência.
Esse Jesus faz explodir dentro de mim a fé, o amor e a esperança que transforma o mais miserável ser em sal e luz da terra.
Esse Jesus jamais me desampara e me conduz para o seio do Pai para todo o sempre.
- Eu andava perdido e desgarrado, mas foi achado por ti, Senhor.

N’Ele, que me achou com sua Palavra.

Um comentário:

  1. Ótimo texto, super elogiado pelos leitores do Púlpito Cristão.

    Parabéns Jofre, vc eh uma Benção!

    Soli Deo Gloria!

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