quinta-feira, 26 de abril de 2012

Pensando o NT: Liberdade e Bom Senso



(1ª Co 8.1-13)
Somos livres! Está é uma das mais poderosas verdades do Novo Testamento. Com Cristo Jesus temos a plena consciência de que fomos libertos do julgo da Lei (Rm 10.4), da escravidão do pecado (Rm 6.14), das garras da morte (Jo 11.25-26); libertos até, dos sistemas religiosos esmagadores e torturantes (Mt 11.28-30). Porém, há uma constante exortação bíblica a cerca do incorreto uso da liberdade, que pode, assim, servir de escândalo aos que ainda bebem o leite espiritual. Uma disciplina para evitarmos o mau da liberdade e não ser motivo de tropeços é o bom senso cristão.
Paulo trata de um problema comum, mas que estava causando estragos na comunhão da igreja, a questão dos alimentos sacrificados aos ídolos, que para alguns mais experimentados consumiam sem constrangimento, enquanto para outros, isso era um comportamento reprovável e escandaloso.  O apóstolo exalta a liberdade em Cristo, porém, chama a atenção para usufruir dela de forma que Deus seja glorificado. Ele, então, apela para que o bom senso cristão prevaleça e podemos, assim, aprender:
1. A liberdade é limitada pelo amor - Não se trata de discutir se o ídolo é alguma coisa, sabemos que não é. Também, não o caso de um teste de conhecimentos que possamos ter para justificar certas atitudes em relação às coisas do mundo. A questão é o amor ao irmão que deve me conduzir a um policiamento de como eu interajo com o mundo e, de não tornar a minha liberdade um tropeço para os que ainda não estão aptos para tal conhecimento. Por amor ao Rei, ao Reino e aos meus conservos limito minha liberdade.
 2. Conhecimento por si só é orgulho e presunção - Temos uma geração de crentes teólogos, ou mesmo leigos, que por demonstrarem grande conhecimento em teologia e até nas línguas da Bíblia namoram perigosamente com as coisas concernentes ao mundo sem o menor constrangimento, ou pudor com o mal que pode causar aos irmãos que não dispõe deste “saber” e, quando questionados dão respostas filosóficas. Esse tipo de “conhecimento” é mero orgulho e pura presunção infrutífera ao Reino.
3. Só o amor edifica - O conhecimento e a sabedoria devem ser exercidos no permeio do amor. É através do amor que nossas vidas ganham novas significações e sentido.  O nosso chamamento é para fazer parte de um Reino conhecido pelo amor; somos então, convocados a amar. Quem ama conhece a Deus e é por Ele conhecido. Que seja essa a diretriz de nossas decisões e nossas escolhas.
Portanto, o bom senso cristão se estabelece tendo como o padrão comum o respeito ao irmão, movido pelo amor e tendo por base o temor ao Senhor, que nos tornam sensatos e edificadores nas nossas atitudes, escolhas e posições quanto ao mundo que nos rodeia e aqueles a quem devemos tornar discípulos.

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