A quem compararemos o nosso Deus?
Uma das
maiores verdades reveladas pela Bíblia é o profundo e claro entendimento de que
Deus é Deus.
Nenhuma
ideologia, nenhuma teologia, nenhuma doutrina, nenhum mantra, nenhuma
manifestação mística ou experiência extra-sensorial pode nos trazer um completo
conhecimento de Deus ou explicar todas as inesperadas e ilógicas escolhas que o
Criador realiza no transcurso da história do homem.
A Bíblia nos
ensina que o nosso Deus esta além de qualquer compreensão humana. Criou e tem
preservado todo o universo e o próprio universo não pode contê-lo, o tempo não
é medida para avaliar sua existência, Ele está acima do bem e do mal. É o único
ser realmente livre, e é também o único ser que faz a história convergir para
um propósito determinado antes de existir.
Deus é Deus!
E esse Deus
que é transcendente também é lógico. As leis naturais, da física, os elementos
e todo o equilíbrio maravilhoso dos sistemas existentes nessa dimensão em que
nos encontramos, respondem a uma surpreendente organização divina, que
equilibrou tanto as estrelas gigantes, as nebulosas e as maiores galáxias
dispondo cada uma em seu perfeito lugar e com seus perfeitos movimentos
cósmicos, quanto aos menores sistemas quânticos e nucleares. Cada átomo e
próton e nêutron e núcleos subatômico dispôs em seus devidos lugares e com suas
respectivas massas e potencialidades e movimentos no microcosmo que não vemos,
mas, que Deus presencia.
Deus é Deus!
No entanto, ele
é inesperadamente surpreendente em seu modus operandi de conduzir a Redenção da
sua criação.
Ele escolhe
salvar o homem fazendo-se homem, e sendo Deus experimenta a dor própria do
homem. Mas, embora sendo homem contemporiza um amor inerente e próprio de Deus,
sendo agora, esse amor, uma realidade para o homem.
Quem
escolheria a via dolorosa que conduziria a cruz? Quem na sua mais completa
coerência lógica escolheria o símbolo da derrota, vergonha e maldição como
caminho de glória? Quem escolheria a morte para fazer explodir a vida?
Deus escolheu.
Quem
escolheria Abrão (depois Abraão)? Um idoso caldeu, fracassado em seu projeto
familiar e de duvidoso conceito moral para ser o pai da fé, e da raça escolhida
para ser bênção para todas as famílias da terra, quem escolheria?
Deus escolheu.
Quem
escolheria um suplantador (Jacó), um enganador, um homem de duvidosos caminhos,
embaraçosos projetos e constrangedores relacionamentos familiares, e colocaria
como pai de muitas nações e um dos maiores símbolos da fé?
Deus escolheu.
Quem
escolheria Jonas? Um obtuso, duvidoso e xenófobo profeta, um homem de uma visão
extremamente regionalizada e incapaz de sair do seu lugar-comum e ter uma visão
cósmica da missão de Deus, quem escolheria?
Deus escolheu.
Quem escolheria
pobres e simplórios pescadores, confusos e sem convicções plenas para a maior
comissão da história da humanidade? Missão que transformaria para sempre o
mundo que conhecemos. Quem escolheria pessoas sem fé para anunciar a realidade
da fé?
Deus escolheu.
Quem
escolheria a mim e a você, com os defeitos e incapacidades e infidelidades
cristãs e incoerências na prática diária da vivência do Evangelho? Quem nos
escolheria? Quem seria capaz de entregar para sofrimento e castigos o seu
corpo, e aceitar os cravos perfurantes de uma cruz romana por mim e por você?
Quem escolheria?
Deus escolheu.
Por isso,
medite nas incompreensíveis escolhas de Deus para a sua vida. Ele deixou a sua
glória, ausentou-se do trono majestoso e eterno para assumir a natureza humana
e derramar o sangue divino como purificação para a minha, e a sua vida.
Deus que é
lógico atreve-se a romper a sua própria lógica para resgatar os seus filhos e torná-los
eternamente salvo.
Em Cristo, que
constrangedoramente nos ama.
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