João
5.1-13
(Betesda significa “casa de misericórdia”
e era um compartimento em Jerusalém, nos tempos de Cristo, onde havia cinco
tanques, e havia uma crença popular ensinava que um anjo, de tempos em tempos
agitava as águas e todos que entrassem naquele momento ficariam curados. Jesus
cura um homem paralítico por 38 anos rompendo com aquela crendice popular)
A cena era chocante!
Coxos, cegos, paralíticos e toda a sorte
enfermidades e deformidades humanas, além da extremada solidão, do abandono e
desprezo. Betesda hospedava a confraria dos infelizes, unidos pelo dor de suas
trágicas experiências vivencias.
A religiosidade era frustrante!
Toda aquela multidão reunida pela
angustiante expectativa sobrenatural, depositava a sua esperança numa
manifestação mitológica, uma superstição religiosa que contrariava os
princípios de fé que os profetas haviam construídos naquele país. Uma crendice
popular servindo apenas para alimentar ilusões e produzir desilusões.
A solidão era paralisante!
No meio daquela balburdia dissonante
jazia um desamparado, amargurado e desesperado homem, paralisado pela
misteriosa enfermidade e pela desumanizada solidão. Sem nome, sem posses, sem
ninguém, rastejava sua existência imperceptível em meio aquele aglomerado de
gemidos, murmurações e lamentos. Trinta e oito anos de sofrimento e dor que o
deixaram totalmente dependente da misericórdia alheia, que não acontecia nem
lhe chegava.
A revelação era surpreendente!
Mas, ele não passou despercebido pelo
Mestre. Ninguém vive despercebido pelos olhos de Deus. Ele está presente em
todo lugar e em todo momento, no entanto, estamos tão centrados na realidade
focal de nossa vida que não percebemos a sua presença não é sentida, até que
Cristo, num ato de misericórdia e amor divino revela-se para transformar a
nossa existência. E ali, em Betesda, Ele revela-se para transformar a
existência daquele homem.
O encontro foi transformador!
A vida cristã é feita de encontros.
Encontros que nos liberta das crendices e
superstições escravizantes. Liberta-nos de uma vida sem sentido e sem
esperança. Em Cristo, temos um encontro com o nosso verdadeiro ser. N’Ele há os
imperativos que nos faz transpor todos os limites de Betesda:
- Queres ser curado?
- Senhor, não tenho...
- Levanta...e anda.
A graça de Deus não está limitada a um
lugar (Betesda), uma tradição, uma religião, uma crença, uma enfermidade, ela
rompe as fronteira ou barreiras existenciais, mas explodem em fé, amor e
esperança, transformando vidas, libertando os homens.
N’Ele, que transforma e liberta os
homens.
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