domingo, 29 de abril de 2012

A Confraria de Betesda


 
João 5.1-13
(Betesda significa “casa de misericórdia” e era um compartimento em Jerusalém, nos tempos de Cristo, onde havia cinco tanques, e havia uma crença popular ensinava que um anjo, de tempos em tempos agitava as águas e todos que entrassem naquele momento ficariam curados. Jesus cura um homem paralítico por 38 anos rompendo com aquela crendice popular)   

A cena era chocante!
Coxos, cegos, paralíticos e toda a sorte enfermidades e deformidades humanas, além da extremada solidão, do abandono e desprezo. Betesda hospedava a confraria dos infelizes, unidos pelo dor de suas trágicas experiências vivencias.
A religiosidade era frustrante!
Toda aquela multidão reunida pela angustiante expectativa sobrenatural, depositava a sua esperança numa manifestação mitológica, uma superstição religiosa que contrariava os princípios de fé que os profetas haviam construídos naquele país. Uma crendice popular servindo apenas para alimentar ilusões e produzir desilusões.
A solidão era paralisante!
No meio daquela balburdia dissonante jazia um desamparado, amargurado e desesperado homem, paralisado pela misteriosa enfermidade e pela desumanizada solidão. Sem nome, sem posses, sem ninguém, rastejava sua existência imperceptível em meio aquele aglomerado de gemidos, murmurações e lamentos. Trinta e oito anos de sofrimento e dor que o deixaram totalmente dependente da misericórdia alheia, que não acontecia nem lhe chegava.
A revelação era surpreendente!
Mas, ele não passou despercebido pelo Mestre. Ninguém vive despercebido pelos olhos de Deus. Ele está presente em todo lugar e em todo momento, no entanto, estamos tão centrados na realidade focal de nossa vida que não percebemos a sua presença não é sentida, até que Cristo, num ato de misericórdia e amor divino revela-se para transformar a nossa existência. E ali, em Betesda, Ele revela-se para transformar a existência daquele homem.
O encontro foi transformador!
A vida cristã é feita de encontros.
Encontros que nos liberta das crendices e superstições escravizantes. Liberta-nos de uma vida sem sentido e sem esperança. Em Cristo, temos um encontro com o nosso verdadeiro ser. N’Ele há os imperativos que nos faz transpor todos os limites de Betesda:
- Queres ser curado?
- Senhor, não tenho...
- Levanta...e anda.
A graça de Deus não está limitada a um lugar (Betesda), uma tradição, uma religião, uma crença, uma enfermidade, ela rompe as fronteira ou barreiras existenciais, mas explodem em fé, amor e esperança, transformando vidas, libertando os homens.

N’Ele, que transforma e liberta os homens.   

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