O canto
dos pardais iluminaram a manhã,
e o
tecido dos lírios me fez pesar o amanhã.
O
amanhã que vem, sem convites, sem recados,
e
temporiza tudo no elemento “passado”.
Então
lembro...
que
pardais não estudaram canto,
que os
lírios não vão a semana da moda,
que não
recolheram nos celeiros o excesso,
que não
pleitearam entre os homens o sucesso,
que as
cores dos lírios me ensinam a voar,
que os
pardais me fizeram fincar os pés no ninho...
Então
penso...
que
pardais e lírios são professores natos,
que
desprezamos o que nos é mais belo,
que
valorizamos o que nos é supérfluo,
que
esquecemos o que nos é essência,
que a
vida passa e não percebemos ela,
que o
tempo avança e não nos dá replay...
As
cores dos lírios cantaram a manhã.
O canto
dos pardais coloriram a manhã.
E mesmo
com as hipóteses do amanhã,
Não
desencantei dessa manhã.
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