Eu sempre aprendi sobre fé.
Você sabe que sem ela não podemos agradar
a Deus e que sua definição bíblica é assombrosamente profunda e sua experimentação
está acima dos nossos medíocres e tacanhos pragmatismos religiosos travestidos
de cristianismo.
Nós sabemos que a narrativa das Sagradas
Escrituras é a história de Redenção por meio da fé, e que essa fé e a condição sine qua non para a vida no Evangelho aconteça como forma
diária de viver e adorar o Deus da Salvação.
Somos, então, chamados para o exercício
da fé que todos os crentes em Cristos têm, pois ela não é fruto do fomentar de nosso
enganoso coração, mas é dom de Deus, e sendo assim, é imprescindível não associá-la
a crendices ou a doentios fanatismos, cancerígenos da alma.
Ter em Cristo fé é ser livre dos patuás, das
manias, dos rituais caducos, dos cárceres litúrgicos, das esquisitices
religiosas, dos absurdos pseudos – pentecostais, das rosas ungidas, das caravanas a lugares sacros, dos cajados de três metros, em fim, viver a fé em Cristo é
ser renovado no caminhar n’Ele, guiados pelo Espírito, rumo aos braços do Pai.
Assim aprendi.
Assim é!
Mas, o que há com nosso povo hoje?
Por que concedemos cartas de fé para que
outros exerçam a fé por nós?
E assim, surgem os poderosos milagreiros
que crêem por nós, oram por nós e... escandalizam todos nós.
Por que nos apequenamos no pensar o
Evangelho e a nossa contextualização diária?
E assim, concedemos autoridade apostólica
aos falsos apóstolos, pastores e teólogos, para pensarem por nós, lerem a
Bíblia por nós, discernirem os tempos por nós e... querer nos fazer apostatar da
fé.
Por que negligenciamos nossa parte na
luta apologética e na implantação do Reino?
E assim, outros criam projetos faraônicos
em nome da evangelização, constrói castelos próprios em nome da prosperidade
cristã, criam impérios em nome da fé e... destrói a mensagem da cruz.
Cada vez mais o povo chamado crente
espera que alguém creia por ele e a esse alguém seguem mesmo com o lodo fétido
e putrefato dos escândalos financeiros, morais e políticos.
Cada
vez mais, o Cristo que morreu na cruz
para justificar e resgatar seu povo, é preterido por rituais, ofertar e
sacrifícios inócuos e escravizantes.
Cada vez mais se confia na resolução da
oração do líder midiático do que na sua capacidade de orar em secreto,
confiando que o Pai que vê em secreto recompensa.
Voltemos ao evangelho.
O véu do templo foi rasgado e Deus, em
Cristo, fez o resgate de seu povo pelo Sangue do Cordeiro, e o Consolador foi
enviado e não somos órfãos, nem desamparados, pois Cristo em nós é novidade de
vida.
Mas, saiba de uma coisa.
Tenha sua fé em Cristo.
Ore sua oração.
Faça sua meditação.
Caminhe seu caminho.
Carregue sua cruz.
É você que tem fazer isso, emancipe-se
dos guias cegos e das fontes rotas.
Só Cristo salva.
Por sua Graça salva.
E nos concede a fé para temos fé n’Ele.
Portanto, exerça a fé que te foi dada com
uma libertação e uma segurança divina.
N’Ele, o Autor e Consumador da nossa fé.
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