(1ª Co 13)
Num mundo obstinado pela
busca dos dons carismáticos, onde língua estranha transformou-se em máxima evidência
da presença do Senhor e, profecias passaram a ser uma mania irresponsável de
pregadores da hora e cantores desavisados, onde os ministérios televisivos e
grandes Igrejas disputam fiéis como empresas buscam consumidores, Paulo
divinamente inspirado pelo Espírito Santo nos trás a revelação madura de uma
condição superior a qualquer dom.
Tendo em vista certa confusão
na Igreja dos coríntios por conta das divisões, da dificuldade de compreenderem
a diversidade e unidade da Igreja e, ainda, a fixação em busca de dons que
evidenciasse uma maior espiritualidade, o apóstolo versa sobre o amor discorrendo:
a.
Sua natureza – O amor é paciente, benigno, altruísta,
verdadeiro, cheio de esperança, duradouro. Não é invejoso, ou orgulhoso; não é
egoísta ou rude, nem aceita provocação (1ª Co 13.4-7);
b.
Sua falta – Torna as línguas como um barulho apenas.
As profecias, os mistérios, a ciência e até mesmo a fé, sem o amor, nada valem,
assim, como as boas são inúteis (1ª Co 13.1-3);
c.
Sua importância – Ele é maior do que as profecias, porque
estas desaparecerão; é maior que as línguas, porque estas cessarão; é maior que
a ciência por estas desaparecerá (1ª Co 13.8).
Podemos intercambiar o ensino
de Paulo com a concordância que encontramos na Palavra sobre o amor, e dessa
forma aprender que:
1. Ele amor é o tema central da Bíblia, pois
é personificado em Deus (1ª Jo 5.8);
2. Ele é demonstrado no comissionamento de
Jesus Cristo (Jo 3.16);
3. Ele é provado por Deus no sacrifício de
Cristo (Rm 5.8);
4. Ele é posto como condição fundamental para
o cumprimento da Lei (Mt 22.37-40);
5. Ele é o elemento unificador da unidade da
Igreja (Jo 15.12-13);
6. Ele é a mensagem transmitida ao mundo (Jo
13.35).
Portanto, procuremos
exercê-lo em toda a nossa vida como um dom característico de quem é, ou está amadurecendo
na fé do Caminho de Cristo, sabendo que não é uma proposta utópica, subjetiva,
mas é uma realidade da qual devemos tomar posse, pois ele é derramado por Deus
em nosso coração pelo Espírito (Rm 5.5), porque ele não um mero sentimento, mas
um mandamento eterno e deve ter uma prática real (Rm 12.9-10; 1ª Pedro 1.22; 1ª
Jo 4.20-21).
Agora, permanecem estes três:
a fé, a esperança e o amor. Sendo o maior deles, o amor.
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