Fico
imaginando as coisas pelas quais Elias seria acusado em nossos dias:
Fanatismo.
Por que vivia pela Palavra de Deus e
não pelas circunstâncias ou negociações culturais em detrimento a verdadeira
adoração. Vivia objetivamente a sua fé, sem vergonha de proclamar os editos
divinos que o Senhor lhe ordenava.
Preconceituoso.
Sim! Seria tachado de preconceituoso
por não admitir que religiões pagãs tomassem lugar na terra que Deus escolhera
para o Culto Santo ao seu Nome. Por não aceitar essas expressões bizarras e
esdrúxulas, que em seu ápice chegavam a queimar seus filhos, ainda bebês, em
seus rituais abomináveis.
Retrógrado.
Por que não aceitava as mudanças
radicais e estruturais pela qual a nação de Israel afundava em sua vida moral.
Por não acatar que os bons costumes fossem relegados e as “novidades” imorais
adentrassem em meio ao povo escolhido em nome das relações comerciais. Por
dizer “não” a aculturação de tudo aquilo que era inominavelmente blasfemo
diante dos olhos de Deus.
Perturbador das massas.
Pela coragem sem medida de denunciar
as autoridades, colocando o dedo na ferida e expondo o rei e toda a sua corja
pelos crimes que faziam afundar toda aquela geração. Pelo protesto em público e
o desafiar legítimo para que os enganadores e parasitas do poder público
mostrassem a cara no confronto do Carmelo.
Crente frio.
Por que não pulou, não dançou, não
falou línguas estranhas, não fez piruetas nem “decretou” coisa alguma pelo seu
poder, mas, humildemente clamou pelo Deus que o chamou. O Senhor responde com
fogo consumidor.
Crente em pecado.
Por que era homem frágil e em nenhum
momento de sua atribulada vida recebeu qualquer “vacina anti-stress”. E, assim,
sendo homem, esteve sujeito as mesmas paixões que qualquer um de nós, sujeito
aos medos, e cansaços, e solidões, e conflitos espirituais.
Precisamos despontar em nós a
audácia santa de Elias. Suas coragens monumentais, sua força advinda da fé num
Deus que É. Precisamos da sua obstinada certeza no valor inegociável da Palavra
provinda de Deus. Precisamos de sua impetuosa presença profética, denunciando
os abusos de toda uma sociedade que apodrece dia a dia chafurdando na lama
espúria do relativismo liberalizante que faz agonizar a decência, a moral, os
bons costumes e todos os valores cristãos.
Que todos aqueles que amam ao Senhor
possam unir-se para expressar na aplicabilidade diária de nossa fé, os padrões
imutáveis de Cristo e assim, transformar a nossa geração através da força
libertadora do EVANGELHO.
Impossível?
Elias era homem igual a nós. (Tg 5.17).
Em Cristo, que nos chama a profetizar.
(Este artigo é parte de uma série sobre o profeta Elias, assim como o artigo anterior)
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