Felicidade é algo bem difícil de ser definido.
Apela-se
sempre para o seu sentido metafísico, ou para sua indelével leveza, que a torna
quase imperceptível em nossa limitada maneira de percebermos o que está alem do
óbvio. Assim, apesar de elegemos a felicidade como nossa meta de consumo maior,
temos a noção que ela não passa de momentos, lampejos ou raras aparições em
nosso cotidiano.
E, esses
“momentos felizes” são as realizações pessoais e, em grande parte, as
conquistas materiais que acontecem ou acontecerão em nossa vida. A felicidade,
então, transforma-se ou passa a ser compreendida como uma busca desenfreada
pelas coisas ligadas ao TER, bem próprias deste mundo.
Na Carta aos
Filipenses, o apóstolo Paulo nos mostra uma extensão ilimitada da felicidade:
“Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos”
(Fp 4.4).
A motivação
dessa alegria proposta por ele, não consta de conquistas e tesouros meramente
terrenos e transitórios:
“Onde a traça e a ferrugem corroem e onde os
ladrões roubam”(Mt 6.19).
Mas, a centralidade dessa felicidade está no
próprio Deus e no saber que em Cristo, somos desde já cidadãos dos Céus:
“Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas
concidadãos dos santos, e sois da família de Deus” (Ef 2.19).
Essa não é uma
compreensão relativista e subjetiva, mas uma realidade cristã, tendo em vista o
que o próprio Jesus certificou:
“Pois vou preparar-vos lugar” (Jo 14.2).
Sendo assim,
felicidade em pleno significado, não é um momento passageiro e breve, mais uma
condição de eternidade absorvida pelo verdadeiro adorador que se torna um com o
Senhor e com a sua Igreja, corpo. Contrariando a nossa vã filosofia de vida
pós-moderna, pois antes de qualquer coisa, é preciso SER, e, assim TER.
Conhecer a
Deus e servi-lo, eis a descoberta da felicidade. (Ec 12.13).
Em Cristo, a
verdadeira felicidade.
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