Cansei das guerras!
Também já não ando raivosamente aprontando defesas polêmicas em tornos de assuntos controvertidos e paradoxais.
Estou exaustos dos destilamentos odiosos nos redis religiosos, onde cada linha doutrinária virou trincheira de combate e campo minado.
Exaure minha paciência as discussões ateístas e téistas, quando tudo se volta ao mesmo lugar e não andamos coisica de nada na propositura de um homem melhor.
Não me amolem com os sábados idolátricos, com os usos e costumes sacrários, as envangelizações sectaristas, as aberrações carismáticas, o despudor ético, e muito menos as tolhidas visões de cosmos que só enxergam o próprio umbigo.
Basta!
Não quero tecer grandes explicações para os profundos mistérios que Deus não me delegou revelar. Nem disponho de tais revelações!
Não quero titularias nem arrogâncias eclesiásticas. Abomino os impérios e os imperialistas. As injustiças sustentadas nas pseudo-justiças, e os fundamentalismos amparados em violência e intolerância.
Tô fora!
Do palitolatrizar o pregador ídolo, do cantarolar modinhas tacanhas e chamá-las de louvor e adoração. Dos chavões intercessórios nos cultos. Das performáticas demonstrações ritualistas. Da divinização do exterior manifestada pela necessidade do ter.
Preciso de um pouco mais de arte; “um cristianismo criativo”, com espaços pra poesia...versos soltos como cabelos ao vento...
Preciso de muito mais coragem social, pra fazer jorrar minha verborréia contra as corrupções de um Estado que descamba em desacertos na aplicação do bem comum aos comuns sem bens.
Preciso descobrir as pessoas nas pessoas, olhar no olhar, chorar e sorrir consoante a dor ou alegria verdadeiras e sem hipocrisias. Amar hoje, como se não precisasse do amanhã.
Não quero mostrar os punhos, mas estender as mãos.
Não quero fechar o cenho, mas abrir o sorriso.
Não quero virar as costas, mas oferecer o abraço.
Não quero o cotidiano da contenda, mas o dia da paz.
Não estar entre muros, mas com as porteiras abertas.
Quero ouvir Logos, Stênio Marcius, João Alexandre, Tiago Grulha, Leonardo Gonçalves etc. Louvando a Deus com o dom e talento que nos arrebata em adoração cantada. Mas, também, ouvir o Chico, o Caê, Venturini, Osvaldo Montenegro sem me constranger em pecado, pois reconheço que a capacidade artística foi dada por Deus a cada um.
Quero orar sem me preocupar com construções fonéticas, mas com o coração quebrantado. E ler a Palavra para vida e não somente para defesas teológicas.
Quero fazer discípulos não pra que imitem meus trejeitos, palavreados ou preferências, mas, baseados no chamado: “Vêm e Vê”.
Não é só revolta contra sistemas, mas, Boa Nova de Deus, conciliando-me em Cristo.
Quero seguir, cantando a belíssima canção: “Livre sou”.
Em Cristo, que vive em mim e em que crê.
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